7 Cantoras trans nacionais que você deve conhecer

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Embora distante do paraíso, a comunidade LGBTQIA+ segue se destacando a cada dia. O grupo, que é historicamente perseguido no Brasil, encontra na arte uma maneira de resistir e lutar contra o preconceito. Conheça X cantoras trans nacionais que arrastam multidões.

1 – Liniker

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Liniker | Imagem: Luke Garcia

A cantora integra a banda Liniker e os Caramelows e faz o maior sucesso na MPB contemporânea com o seu vozeirão. Seu primeiro sucesso veio do EP ‘Cru’ que foi lançado no YouTube em 2014. Seus dois elogiados álbuns são Remonta (2016) e Goela Abaixo (2019).

Além desses projetos, ela aparece no projeto Acorda Amor, de 2020, que reuniu outras artistas nacionais, como Maria Gadu, Letrux, Luedji Luna e Xênia França.

Seu álbum ‘Goela Abaixo’, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa em 2019.

2 – As Baías

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As Baías | Imagem: Reprodução

Anteriormente conhecido como As Bahias e a Cozinha Mineira, As Baías é formado por Raquel Virgínia, Assucena Assucena – duas cantoras trans nacionais – e Rafael Acerbi. Suas influências vão desde MPB, Soul, Rock a outros gêneros musicais.

O coletivo foi indicado ao Grammy Latino 2019 na categoria ‘Melhor Álbum Pop Contemporâneo’, com o EP ‘Tarândula’.

Um ano depois, em 2020, o grupo conquistou pela segunda vez à premiação, agora com o EP “Enquanto estamos distantes” que foi gravado cada um na sua casa. As músicas tocam os corações com mensagens de empatia, carinho e leveza.

O trio, que estreou em 2015 com o álbum poesia política ‘Mulher’ coleciona outros dois troféus conquistados no 29º Prêmio da Música Brasileira, nas categorias ‘Melhor Grupo de Canção Popular’ e ‘Melhor Disco de Canção Popular’, do álbum ‘Bixa’ (2017).

O grupo de amigos se conheceram na faculdade e começam cantando em eventos universitários. Legal né?

3 – Mulher Pepita

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Mulher Pepita | Imagem: Reprodução

Ela que não poderia faltar da nossa lista de cantoras trans nacionais, a famosa Mulher Pepita se tornou um sucesso na web graças a sua personalidade honesta, cativante e empoderada a qual lida com temas sérios e sensíveis do cotidiano.

Pepita começou sua carreira como dançarina de funk em boates cariocas. Em uma de suas apresentações, um amigo a presenteou com uma música intitulada ‘Tô à procura de um homem’, e foi assim que ela iniciou sua carreira musical.

A funkeira, que é cantora e compositora, começou a bombar na internet em 2014, quando um vídeo seu vazou sem consentimento, alcançando assim uma grande visibilidade e milhares de fãs.

O sucesso foi tanto que levou ao seu primeiro lançamento, o EP ‘Grandona pra Caralh#’, um bordão da cantora que expõe os comentários preconceituosos que recebe.

A rainha do “RAMM” também bombou em 2017 com o lançamento de ‘Chifrudo’, em uma parceria com a drag queen Lia Clark.

4 – Urias

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Urias | Imagem: Reprodução

Urias, que já foi conhecida por seus trabalhos no mundo da moda e pela sua amizade com Pabllo Vittar, atraiu uma legião de fãs desde o seu primeiro estouro, um cover versão Reggae da música ‘Meu mundo é o barro’, d’O Rappa.

O vídeo, publicado no Youtube, fez o maior sucesso na web e posteriormente foi removido devido a problemas com direitos autorais.

O tempo que o cover esteve no ar foi o suficiente para a cantora atrair vários admiradores ansiosos por novas músicas. E aconteceu, a estrela estreou em 2019 o EP ‘Urias’, com cinco músicas.

Seu videoclipe ‘Diaba’, single do EP, já ultrapassa 12 milhões de visualizações e foi escolhido como ‘Melhor Direção de Arte’ na premiação internacional Berlin Music Video Awards (BMVA), uma das mais conceituadas da cena musical.

Diaba conta com direção de Ítalo Matos, que já trabalhou com nomes como Pabllo Vittar, em Corpo Sensual, Luisa Sonza, em Garupa e Gloria Groove, em Bumbum de Ouro.

5 – Linn da Quebrada

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Linn da Quebrada | Imagem: Reprodução

Lianna Pereira, nome artístico de Linn da Quebrada é uma atriz, cantora e compositora brasileira. Também é ativista das questões LGBT e da população negra.

A cantora inovou ao destoar do esteótipo de travesti, assumindo sua transexualidade sem fazer transição hormonal, apenas modificando sua identidade de gênero e seu nome no registro civil.

Atualmente Linn está entre as artistas e cantoras trans nacionais mais relevantes do cenário musical LGBTQI+ brasileiro. Com seu estilo mordaz e sarcástico, ela se destaca tocando em tabus e desconstruindo estereótipos.

Lançada em 2016 no Youtube, ‘Enviadescer’ foi sua primeira música autoral. O sucesso da canção levou ao lançamento da sua carreira, carregando o nome artístico ‘Mc Linn da Quebrada’, que depois acabou perdendo o prefixo de ‘Mc’.

Linn já participou de filmes como Corpo Elétrico (2017) e Bixa Travesty (2019), além de ter sido um dos destaques da série Segunda Chamada, da Rede Globo.

De lá pra cá o sucesso só aumentou. Ela já foi convidada especial no programa ‘Amor e Sexo’ da Globo, em 2017, já contribuiu com a faixa “Close Certo”, do DJ Boss in Drama, já fez parte do elenco do filme “Corpo Elétrico”, que traz em pauta temáticas LGBT.

Além disso foi uma das protagonistas da coleção ‘Melissa Meio-Fio’ e também marcou presença no filme documentário Meu Corpo é Politico dirigido por Alice Riff, que acompanha a vida de quatro militantes LGBT, sendo que uma deles é Linn.

6 – Danny Bond

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Danny Bond | Imagem: Reprodução

Danny Bond é natural do Alagoas. Com seu humor peculiar e letras de alto teor sexual, a cantora de brega funk tem se destacado na web.

Nascida na favela do Bolão, periferia de Maceió, ela é a primeira artista transexual a conquistar o primeiro lugar de vendas no iTunes Brasil com a música Traz o B, que já conta com mais de 250 mil visualizações no Youtube.

Em 2021 a alagoana irá representar o brega-funk no Festival LGBTQIA+ Power of Pride Festival, evento que contará também com a participação de famosos internacionais como Violet Chacki, a ganhadora da sétima temporada de RuPaul’s Drag Race, o cantor, compositor e pianista americano Greyson Chance, a drag queen Lemon, participante da primeira edição do Canada’s Drag Race, a cantora estoniana Kerli e o duo paulista Venvs, formado pelo casal Elektra e Evie Dee.

7 – Mel Gonçalves

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Cantora Mel Gonçalves | Imagem: Reprodução

Outra figura importante da nossa lista de cantoras trans nacionais é Mel Gonçalves de Oliveira. Goiana, nasceu em 1991 e é uma cantora e apresentadora brasileira.

Antes de iniciar sua carreira solo, foi conhecida como Candy Mel quando era vocalista da Banda Uó, ao lado de Mateus Carrilho e Davi Sabbag. Ela revela que sofreu muito preconceito na adolescência e assumiu a sua transexualidade aos 16 anos.

A cantora trans brasileira foi a primeira mulher trans a estrelar uma campanha para a marca de cosméticos Avon, a primeira a participar de uma campanha do Outubro Rosa, e a segunda mulher trans nacional a atuar em propaganda de produtos de beleza.

Em 2016 a cantora fez parte do elenco de apresentadores do programa de debates Estação Plural, da TV Brasil, ao lado da cantora e compositora Ellen Oléria e do jornalista Fernando Oliveira, o Fefito, todos LGBTQI+, onde debatiam sobre diversidade, direitos humanos e cidadania.

O videoclipe ‘A Partir de Hoje’ estreia a sua nova fase. Desde então ela vem buscando sua consolidação como cantora solo, e colabora cantando músicas de axé com o bloco carnavalesco ‘Domingo Ela Não Vai’.

Já no cinema, ela estreou no longa Vento Seco, de Daniel Nolasco, produção que foi selecionada para o Berlinale, o Festival de Internacional de Cinema em Berlim, de 2020.

Você já conhecia alguma dessas cantoras trans nacionais? Ou ainda, você acha que faltou alguém na lista? Queremos saber a sua opinião nos comentários!

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Fontes: Maloca Digital, JC, Glamurama, Observatorio G, Estadão, Wikipedia1, Wikipedia2,

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